26º CONGRESSO DA LSLB
CULTO DE ENCERRAMENTO

A mensagem foi dirigida pelo presidente da
IELB, Rev. Egon Kopereck, que ao destacar o lema do congresso enfatizou a
importância de sermos bons ramos e darmos bons frutos para o Reino de Deus.
Kopereck destacou ainda que tudo começa na família, na educação cristã das
crianças e em nossas atitudes diárias. “Para um ramo da videira verdadeira que é
Cristo dar bons frutos não basta ser apenas membro da igreja. É preciso praticar
a Palavra de Deus”, afirmou. O pastor presidente lembrou ainda que o 26º
Congresso Nacional da LSLB foi um evento muito especial e desejou que tudo o que
foi ouvido e vivido pelas congressistas possa servir para que vivamos todos mais
unidos a Cristo, amando o próximo.
O presidente da IELB instalou a nova
Diretoria Nacional da LSLB, bem como as Presidentes Regionais eleitas nesse
congresso e o Pastor Conselheiro, Volmar Herbertz. As servas que se despediram
de seus cargos também receberam um agradecimento especial. Após a instalação a
presidente da LSLB, Juliana R. B. Lindenmeyer, agradeceu a todos e comandou a
saída dos estandartes ao som do Hino das Servas.- Lema: EU SOU A VIDEIRA, VÓS OS RAMOS" - João 15.5.
Mais de 1.400 servas participaram do congresso. Aqui de Dois Irmãos: Marlene Model - Leoni Schacht - Rozeli Zimmermann - Wanda Flor e Hildegard Krieger - o leigo Egídio Schacht. O Rev. Oscar participou no Sábado e Domingo
Quinta-feira pela manhã
Quinta-feira à tarde
A Diretoria Nacional da Liga e as congresistas receberam várias
saudações de lideranças que destacaram a relevância do trabalho das servas em
todo o Brasil. O presidente do Conselho Diretor da IELB, Rev. Mario Rost lembrou
a participação da presidente da LSLB no trabalho do Departamento de Expansão
Missionária. O presidente ds JELB, Josué Alexander Sander, reiterou
agradecimentos e o pedido de apoio aos jovens de todas as congregações. Também
lembrou da realização do Congressão da JELB, em janeiro de 2013. Ainda se
manifestaram o presidente da AESI, pastor Nelson Kissler e o Coordenador
Nacional do PEM, pastor Adilson Derly Schunke que enfatizou a importância dos
grupos de estudo. (Relatório e fotos enviados pela IELB).
PALESTRA
Prof. Dr. Vilson Scholz
Tema: EU SOU A VIDEIRA VÓS OS RAMOS

O professor Vilson lembrou que Jesus não diz, simplesmente, “eu”; ele diz “eu sou”. Em si, isso não é uma forma indireta de dizer “eu sou aquele que sempre existiu, ou seja, sou Deus”, pois a frase só termina quando Jesus diz: “eu sou a videira”. Mas não deixa de ser um fato que este é o sétimo e último dos famosos “eu sou” de Jesus, em João. A lista completa é esta: Jesus é (I) “o pão da vida” (João 6.35,51); (II) “a luz do mundo” (João 8.12); (III) “a porta” (João 10.7,9); (IV) “o bom pastor” (João 10.11,14); (V) “a ressurreição e a vida” (João 11.25); (VI) “o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6); (VII) “a videira verdadeira” (João 15.1,5). Jesus diz que ele é a videira. Não uma videira, mas a vi-deira. Ele também não se compara com uma videira, dizendo, quem sabe, um simples “eu sou como uma videira”. Não, ele é a videira. Logo, existe isso que se chama de “a videira”. Na verdade, Jesus diz, no início de João 15, que ele é “a videira verdadeira”. Será que isso significa que existe uma videira falsa? Parece que sim. Poderia também ser uma videira que não deu conta do recado. O que parece certo é que, a partir daquele momento, quem quisesse falar nessa “videira” precisaria apontar para o lugar certo: a videira agora é Jesus!
“Essa linguagem da videira nos soa estranha. Uma videira é um pé de uvas. Bem que eu gostaria de ter um pé de uvas em casa, mas o espaço é pouco. Falar de videira aqui em Bento, onde estamos cercados de vinhedos (e estamos no Distrito Videiras), é algo bem mais natural. E não menos natural era falar disso no mundo bíblico. A primeira “vinha” (no sentido de “vinhedo”) da Bíblia aparece logo depois do dilúvio. Depois de construir a arca, na qual sobreviveu com mais sete pessoas da família, Noé passou a ser agricultor. Segundo a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, “ele foi a primeira pessoa que fez uma plantação de uvas” (Gênesis 9.1). E parece que a primeira plantação foi, também, um vinhedo. O novo mundo, depois do dilúvio, começa com uma roça ou um pomar? Não, começa com um vinhedo. E não deu outra: o “vovô” Noé bebeu um copo a mais e ficou de porre. O resultado se encontra no relato de Gênesis 9. O viticultor, Deus, tinha as maiores expectativas em relação a ela, mas a vinha produziu uvas azedas. Os textos estão em Isaías 32 5.1-7, Salmo 80.8-16, Jeremias 2.21, Ezequiel 15.1-8 e Ezequiel 19.10-14. No Novo Testamento, quando Jesus conta histórias (ou parábolas) que envolvem uma vinha, as pessoas sabiam logo a que isso se referia”, destacou o palestrante.
Vilson Scholz enfatiza que quando Jesus diz que é a “videira verdadeira”, ele está, no fundo, dizendo: Eu sou o verdadeiro Israel. “Mas como ele pode ser Israel, se Israel é um povo? Ele é Israel reduzido a uma pessoa. Ele cumpre o papel que se esperava que Israel cumpris-se: ser luz e salvação do mundo. (Ele foi, entre outros aspectos, o último sacrifício que Israel [e Israel pelo mundo] ofereceu.) É claro que Jesus nunca está sem a sua igreja. Neste ponto entram os ramos. Aqui nós começamos a fazer parte da história e aí a coisa fica interessante. Para começo de conversa, existem ramos, no plural. Vocês são os ramos. A videira é uma só. Existe apenas a videira. Mas os ramos são muitos. Jesus não dá o número. Cada ramo é individual, e cada ramo produz (ou não) uvas. Não tem como dois ramos ao mesmo tempo produzir um cacho de uvas, ou, então, um ramo produzir um cacho de uvas em lugar do outro. Mas, em tempos de tanto individualismo, é bom saber que Jesus fala de ramos (no plural). É claro que isto tem a sua importância quando pensamos no nosso departamento ou nossa congregação como parte de um distrito, de uma LSLB, da IELB e da igreja como um todo”.
O palestrante também lembrou que Jesus fala da possibilidade de sermos cortados da videira. “Isso, sim. Quem corta é o Pai. O que dá para fazer com um sarmento de videira separado da videira? Nada. A Bíblia fala disso em Ezequi-el 15 (vs. 2-5). Deus pergunta ao profeta Ezequiel: “O que vale uma parreira em comparação com as árvores da floresta? Você pode usá-la para fazer dela algum objeto? Será que a sua madei-ra serve para fazer um cabide para pendurar coisas? Não. Só presta para fazer fogo. E, quando as pontas viraram cinzas, e o meio está queimado, será que ela serve para alguma coisa? Não! Antes de ser queimada, essa madeira não prestava para nada. Agora que o fogo a queimou completamente, é mais inútil ainda”. Não temos chance nenhuma se quisermos tentar uma carreira solo. Desconectados dele, da videira, não produzimos nada. Cortados dele, não temos nenhuma serventia”, explicou o professor. Lembrou ainda que Jesus diz que o ramo que permanece nele, na videira, produz muito fruto. “Não apenas fruto, mas muito fruto. Uma videira produz uvas. Agora, o que produz um ramo da Videira verdadeira? Jesus não explica. Mas dá uma pista, quando, mais adiante no texto, faz menção do amor e dos mandamentos. E tem, é claro, ramo que permanece na videira, mas que não produz fruto. O viticultor se contenta com ramo que dá sombra? Não. (A rigor, ele, o Pai, que está acima, não precisaria dessa sombra, que fica abaixo ...) Ramo conectado, mas sem produtividade, é peso morto; acaba cortado. Este é um quadro sombrio, um cenário assustador. Mas é bem possível. Judas Iscariotes que o diga”, alertou o palestrante.
Concluindo o profesor destacou: “Eu sou a videira, e vocês são os ramos”. Estas palavras de Jesus são tão verdadeiras e tão importantes hoje quanto elas sempre foram. Elas foram ditas num momento bem específico. Trata-se do contexto em que, num longo discurso (que inclui João 15), Jesus se despede de sua igreja (representada pelos apóstolos, na última ceia). Mais do que despedida, as palavras de Jesus são o seu testamento, o legado que ele deixou para a sua igreja. Entre outras coisas, ele nos deixou uma bela descrição da igreja: Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Ele disse quem ele é. E nos disse, também, quem nós somos. Não por nós mesmos, mas sempre nele”. (Relatório e fotos enviados pela IELB).